quarta-feira, 12 de setembro de 2012

MEDITAÇÕES


REFUGIO



Refúgio

Respiro entre os pingos do chuveiro
Busco ali, o descanso para meu coração.
fecho os olhos lágrimas se misturam aos pingos,
Tão frias lágrimas...
Até quando molharas minha face?
Será que já não basta me ver afogada em meu coração malogrado?
Acreditei na ilusão!
Admito, mas foi por querer ser amada, nada mais que amada.
Porventura por essa desventura viverei eu em devaneio
entre pingos quentes de chuveiro,
tentando aquecer lágrimas frias como navalha
a cortar o que restou de meu ser?!
Amanhã será um novo dia,
algodão de amor secará lágrimas que não são




O PODER DAS LAGRIMAS


Com que saudade para o céu não olhas,
Vendo de nuvens todo o céu coberto,
E engastadas de pérolas as folhas
E o coração das árvores deserto.

 
Como uma grande rosa,a alma desfolhas
Dentro do seio ,inteiramente aberto,
E estes restos de flor passando molhas
N água do arroio que coleia perto!

 
Molha-as,sim,nesta linfa algente e casta!
Que uma só gota cristalina basta
Para o calor em chuva ir transformando.

 
Hás de ficar com os olhos rasos d água,
A dor há de acalmar que a própria mágoa
Tem dó de ver uma mulher chorando.