sexta-feira, 1 de junho de 2012

TUA PRESENÇA

Por que teria que anoitecer e eu adormecer? Simplesmente passaríamos de amanhecer em amanhecer Assim eu não teria que esperar Outro dia pra poder te encontrar O tempo brincou todo o tempo com a gente Não consigo tirar isso da minha mente Em tempos diferentes chegamos a este mundo Não poderia eu entrar em sono profundo? Esperaria por você todo este tempo Se soubesse que viria logo com o vento Assim estaria eu no seu caminho Para poder te dar muito carinho Choraria anos por você esperando Estaria contando cada minuto aguardando Para saber se seu olhar era como eu tinha sonhado E se sua boca era como a que no sonho eu tinha beijado Necessito da tua presença desde antes de você nascer Necessito do teu olhar mesmo antes de você me ver Seus lábios quando tocam os meus, você não percebe Mas perco o chão como alguém que padece Sua presença me faz bem e sinto falta dela É o ar que eu respiro e que me faz sobreviver Sua presença é algo que nunca senti É por esse sentimento e por você que eu sempre vou viver.

EXPLENDOR

Fantásticos momentos que juntos passamos, Plenos de promessas que juntos juramos, Ricos de ternura, prazer e emoção... Suspiros intensos, olhares calientes, Afagos, abraços e beijos, ardentes, Momentos dourados como o sol de verão. A brisa que sopra ao entardecer Que aos outros um pouco de frio vem trazer, Em nós reacende o desejo, o fervor... Não existe clima que apague essa chama Que a nós incendeia, acende, inflama, Pois nosso amor é puro esplendor!

ALMA NUA

Caladas e presas na garganta, 
Estão minhas palavras não ditas, 
Que o coração mansamente canta 
Delírios das minhas razões (in) finitas, 
No peito ainda há um mormaço, 
Sentimentos contraditórios do “faço ou não faço” 

Há um frio na alma nua, 
Medo das idéias insanas, 
Que o psicótico espírito insinua, 
Coisas guardadas, embotadas... Santas e profanas! 
Sentimentos, impressões, idéias que se desfiam 
Não são fatos e nem fotos, apenas memórias tiranas! 

Procuro lembranças, desesperadamente 
Não lembradas... Paradoxalmente, não esquecidas 
Pelo tempo, embaçadas na mente 
E na multiplicação dos dias perdidas. 

Ah! Esse amor vivido em mim!... 
Foi de todos o que menos conquistei, 
Nenhum foi assim: Dono absoluto entre o além e o fim! 
E por medo da entrega, também não me dei.